Alves Redol, 1939
Em meados da década de 40 do século XX, Alves Redol descrevia assim a aldeia de Porto Manso, num livro com o mesmo nome.
Situada na freguesia de Ribadouro, no concelho de Baião, a povoação cresceu e desenvolveu-se, devido ao extraordinário enquadramento paisagístico com a albufeira da Pala e a foz do rio Ovil.
As antigas estradas romanas, que permaneceram activas até há poucas décadas, foram sendo substituídas, a vegetação, outrora abundante, tornou-se mais rara, mas o casario, as ruelas estreitas e, claro, o carácter das suas gentes fazem com que Porto Manso conserve ainda o irresistível charme que caracterizava as aldeias durienses do Portugal antigo.
A transformação deveu-se à construção da Barragem de Carrapatelo, que fez subir, em mais de trinta metros, o nível das águas do rio Douro.
Uma vastidão de frondosos laranjais e campos de cultivo bordejados por ramadas, assim como um sem-número de construções, foram lentamente submersos, formando-se um extenso espelho de água, que reflecte a rara beleza de lugares tão ímpares como Porto Manso, Porto Antigo ou Caldas de Aregos.
A Casa da Torre, antiga casa senhorial, existe desde meados do século XVIII, mas foi, ao longo da História, alvo de profundas alterações.
Situada na margem direita do Rio Douro, voltada a sul e a poente, tem vistas deslumbrantes sobre o Rio e o Vale do Douro.
Dispõe de três casas que foram antigas casas agrícolas, agora adaptadas para Turismo Rural. Estão rodeadas de laranjais e vinhas em agricultura biológica.A piscina, de bordo rasante, fica próxima de todas as casas e tem uma vista panorâmica sobre o rio Douro.